Mentira!

Neste blog e noutros sites do autor poderá prever o futuro do país tal como o presente foi previsto e publicado desde fins da década de 1980. Não é adivinhação, é o que nos outros países há muito se conhece e cá se negam em aceitar. Foi a incredulidade nacional suicidária que deu aos portugueses de hoje o renome de estúpidos e atrasados mentais que defendem os seus algozes sacrificando-se-lhes com as suas famílias. Aconteceu na Grécia, acontece cá e poderá acontecer em qualquer outro país.
Freedom of expression is a fundamental human right. It is one of the most precious of all rights. We should fight to protect it.

Amnesty International


29 de junho de 2008

Democracia vista por simpatizante do PS

Transcrevo esta mensagem recebida por e-mail do Alô Portugal de 29-06-2008 às 20:20

Como se deve participar em democracia
(texto de um dos mails que costumo enviar ao partido no governo)
de Albino Pinho - Switerzland

Na qualidade de simpatizante do PS e na de emigrante, leio e assisto diariamente através da imprensa Portuguesa e Internacional ao crescente aumento de miséria no meu país. Sempre que algo vai mal é lógico que se acatem as culpas a quem nos governa, o estado de alma dos Portugueses actual é de baixar os braços de descrédito do deixa andar, já mal protestam, pois temem que as coisas ainda piorem mais.

A conjuntura económica Internacional também não é muito favorável á nossa recuperação económica, mas sinceramente como é que quem nos governa vai explicar aos Portugueses o aumento dos que cada vez tem mais, contrastando com a miséria, muitas vezes escondida, que aumenta diariamente?

E os salários de muitos administradores de empresas públicas? Que como escrevia outro dia um jornal Suíço, em muitos casos são 22 vezes maiores do que o salário médio de um Português. Não se encontra explicação para tamanha diferença. Que explicação dá o governo ao país sobre estas injustiças?

Tudo isto me magoa profundamente, pois assisto outra vez à debandada de muitas famílias para a emigração, muitas para aqui, e muitas dessas famílias até já tinham ido de vez há uns anos para as suas terras.

As forças da extrema-direita aproveitam-se, como é lógico, para levantar velhos fantasmas, é preciso que a democracia dê respostas antes que a crise social se agrave ainda mais. Pois como a história nos prova só em democracia e com justiça social é possível sair de qualquer crise económica.

Que o governo não se coíba de falar nos que sofrem, mas com modéstia, que lhe dê uma esperança sem crispações, sem altivez, que não fale em números
quando lhe são favoráveis, mas que reconheça os seus próprios erros e seja mais humilde, a começar pelo Primeiro Ministro.

De um Português que ama o seu país. Que ama a democracia e a dignidade da pessoa humana.

Com os meus melhores cumprimentos
Albino Pinho Switerzland

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20 de junho de 2008

Enigmas do homo sapiens sapiens

A crise está presente na vida dos portugueses mais desprotegidos. Está aí instalada. Nos transportes públicos e em todo o lugar onde se juntam pessoas, nas filas de espera, são ouvidas queixas das dificuldades da vida com os sucessivos aumentos dos preços de produtos essenciais. Os cafés, pequenos restaurantes, supermercados e lojas de pequenas dimensões lamentam-se da falta de clientes e da redução do valor das facturas. São abundantes as notícias sobre as dívidas e as dificuldades em as pagar. No entanto, há uns poucos que não se privam de nada e parece sentirem prazer em ostentar o seu poder financeiro para convencer que está muito acima da normalidade e são imunes à carestia da vida.

No artigo «Dicas para enfrentar a crise no seu bolso» (ler aqui) a jornalista Paula Cordeiro, apoiando-se no site Saldo Positivo, da Caixa Geral de Depósitos (CGD), indica quatro passos a seguir para contornar o aumento das despesas, como reduzir dívidas e aumentar poupança, a fim de evitar que o endividamento atinja proporções dramáticas.

Essas dicas estão descritas sob os seguintes títulos:
- Saiba quanto deve e que taxas de juro está a pagar
- Defina as suas prioridades na hora de pagar
- Analise se o crédito está a estragar-lhe a sua vida
- Algumas decisões mais difíceis para poupar

Mas o «homo sapiens sapiens» português, por não ter beneficiado de um ensino eficaz para gerir a sua vida privada, não consegue destrinçar o essencial do secundário, não sabe definir prioridades, nem planear o futuro emprego dos salários que recebe, acabando por enigmaticamente se afundar em situações de que lhe é difícil sair.

E os enigmas chegam a atingir efeitos de proporções chocantes como a descrita no artigo «Crise é um acessório que não se usa aqui» (Ver aqui), em que a jornalista Mariana Correia de Barros nos fala de uma loja de modas da Baixa de Lisboa, em que se chega à conclusão de que «o mercado do luxo, ao contrário de outros, está a viver dias de crescimento. Roupas e acessórios de luxo escapam à crise. Há até listas de espera».

A crise parece não afectar os bolsos de todos os portugueses, dizendo o administrador da loja que "o luxo começa quando a emoção ultrapassa a razão", perante a sua observação de que o luxo é sumptuosidade, extravagância e exclusividade, constituindo razões mais do que suficientes para comprar, para aqueles a quem a crise parece não ter batido à porta.

Diz o mesmo empresário que o mercado de luxo está florescente como é evidenciado pelo aparecimento de um crescente número de lojas de artigos de grandes marcas em Portugal.

Mas aquilo que se passa com o consumismo em que a emoção se sobrepõe à razão, atinge também as mentalidades dos governantes, como é o caso da notícia «Ministério da Defesa ganha Mercedes avaliados em 140 mil €» (ler aqui), em que, apesar de o ministro das Finanças ter congelado o plano de renovação da frota automóvel das Forças Armadas, de faltar dinheiro para a manutenção dos modernos helicópteros e das restrições de que se queixam os ex-combatentes, autorizou a compra de dois Mercedes para o ministro da Defesa e para o secretário de Estado da Defesa.

As novas viaturas, de marca Mercedes, custam quase 140 mil euros e vão substituir o Mercedes 220 de Severiano Teixeira e o BMW 520 e João Mira Gomes.

E não são apenas estas as despesas «urgentes» e sumptuosas de organismos do Governo.

O cérebro do homo sapiens sapiens apresenta aspectos muito enigmáticos. Mas, utilizando a frase do empresário atrás referido, o cérebro não funciona, pois são casos emotivos de sumptuosidade, extravagância, exclusividade, vaidade, arrogância, ostentação, assentes numa base de falta de respeito pelo dinheiro público. Veja-se no post «Crise não significa Apocalipse»….. os excessos de despesas de muitas Câmaras, a comprovar essa irresponsabilidade da gestão pública.

Apesar do esbanjamento ou talvez devido a ele, há casos como o referido hoje no Público no artigo «As carências Unidade Especial de Polícia sem dinheiro para comprar fardas» de José Bento Amaro.

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16 de junho de 2008

A Censura no Euro 2008

A UEFA esforça-se por esconder o que se passa durante os jogos fora do rectângulo e até certos acontecimentos no seu próprio interior. Com efeito, entre outros que não foram emitidos, esconderam-nos as enormes fumaradas lançadas pelos adeptos, uma cena de pancadaria e não se viu o adepto croata que em 8 de Junho saltou para o terreno e correu por ele fora, com o seu cachecol estentidos entre as mão levantadas por cima da cabeça até que a segurança o agarrou e o pôs fora.

A UEFA avança que não quer que tais acontecimentos sejam vistos e possam encorajar os adeptos hooligans a repeti-los ou exagerá-los. Tenta justificar-se que não quer oferecer uma plataforma à violência e que, por demais, estas cenas não são pertinentes. Tal não é, todavia, a opinião de Armin Walpen, director geral da Radiotelevisão Suíça (SSR SRG) nem da imprensa dos dois países do Euro. Todos eles afirmam que o dever da imprensa é de informar e mostrar, não de censurar e de esconder. O director da Radiotelevisão Suíça diz recear que os Jogos Olímpicos venham também a ser censurados. Este litígio entra já numa segunda fase. «As grandes associações desportivas tentam cada vez mais assegurar-se o domínio do som e da imagem por intermédio das suas próprias empresas de produção», declarou Armin Walpen no Sonntags Zeitung de ontem (domingo 15), considerando o procedimento como «censura». Do ponto de vista da independência jornalística é «mais que problemático» que terceiros seleccionem imagens. «A UEFA será chamada à atenção por escrito a este sujeito», acrescentoui ainda o presidente da SSR SRG. Em declarações emitidas pela rádio, Armin Walpen disse abertamente recear que esta prática faça escola. Sobre os JO de Pequim neste verão, disse que «será necessário estarmos particularmente atentos». Informou ainda que pretendia apelar à União Europeia de Radiodifusão para que ela intervenha junto das associassões desportivas. Os noticiários das televisões francesa e suíça reproduzirm nos seus noticiários todas as imagens dos acontecimentos acima mencionados, que os seus repóprteres captaram, com grande alarido sobre aquilo que classificaram abertamente como "censura", afirmando que o dever jornalístico de informar estava a ser contornado pela UEFA por esta "censura".

Que vimos ou ouvimos em Portugal? A cada um de se recordar do que viu ou ouviu nos nossos noticiários cada dia mais desinformadores e assim poder julgar da sebosa cambada de pedantolas jornaleiros, ou não, que parece mais não fazer do que apoiar os ditos e actos dos políticos corruptos, relatando até todos os seus peidos. Que nos interessa o que se passa nos partidos? Que temos a ver, por exemplo, com a Manela Leiteira ter encabeçado um partido tão corrupto como os outros? O que nos interessa é saber que ela tenciona derstruir os sistemas de saúde e da segurança social, tal como previamente planeado pelo beato Cagão Feliz & Cia., que por se fingir beato indubitavelmente arderá no fogo do inferno. Portugal já é o país em que esses serviços têm as prestações mais miseráveis da Europa; no entanto, há quem queira fazer ainda bestialmente pior, distanciar-nos mais dos outros países e abrir mais o fosso entre ricos e pobres. O que nos interessa é o fim da corrupção e do parasitismo partidários, que os governos governem para a população e não para se enriquecerem, no seu próprio interesse e nos das empresas que lhes vão passando pelas mãos, inegável prova da corrupção com que minam o país e a administração pública, em que os postos de chefia (e não só) continuam a mudar de mão consoante o partido no governo, tal qualquer ditadura de bananas. Factos de interesse para a vida nacional não nos relatam, só o que se passa na estrumeira espanhola, em toda a Europa conhecida pelo atraso. Como as provas estão lá e bem à vista, quem será o banana que, nestas circunstâncias, acredita que Portugal é ou posssa ser uma democracia? Só atrasados mentais ou interessados corruptos o poderão acreditar ou afirmar. Quem tem olhos que veja.

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10 de junho de 2008

Ex-combatentes portugueses em França

No dia das Comunidades Portuguesas, em que já circula a mensagem do PR a suscitar à diáspora o amor pátrio e a participação no desenvolvimento de Portugal, surge este grito de alarme a denunciar o desprezo que o Governo dedica às Comunidades. Dá que pensar.

ASSOCIAÇÃO DOS REFORMADOS E DOS
EX-MILITARES/EX-COMBATENTES PORTUGUESES DE FRANÇA
6, Rue de la République – 95100 ARGENTEUIL - Tel/Fax : 01 39 80 94 25 -
Email : armcpf@free.fr

COMUNICADO DE IMPRENSA - 10 de Junho de 2008
COMEMORAÇÕES...

Enquanto o Governo envia os seus Ministros e Secretários de Estado aos cinco cantos do mundo para comemorar o dia das Comunidades Portuguesas, com discursos e “vivas à Joana”, milhares de Ex-combatentes emigrantes comemoram a maior injustiça e desprezo que o Estado Português lhes faz.

Este ano é o quarto aniversário da publicação da lei 21/2004 e do consequente Decreto-lei 160/2004, que continuam por regulamentar. Não é demais lembrar que estes diplomas tinham uma cláusula que impunha a regulamentação nos dois meses seguintes à dita publicação.

Face à nossa indignação pelo incumprimento da regulamentação da lei, o Governo evocando que a sustentabilidade financeira do regime de reformas estava comprometido, apresentou em Setembro de 2006 um documento de trabalho, que serviria de base à decisão que o Governo tomaria para resolver o “nosso problema”; este documento tem o titulo “As propostas para responder às questões suscitadas com os Ex-combatentes emigrantes”.

É verdade que a sustentabilidade do regime de reforma em Portugal, foi vergonhosamente adulterado pelo compadrio, pela má gestão dos efectivos da função publica e equiparada, pelas escandalosas e avultadas reformas dos membros dos sucessivos executivos que sempre consideraram os emigrantes como Portugueses de segunda classe. Mas o cúmulo da ousadia e pouca-vergonha é impor aos emigrantes que sempre foram e são o balão de oxigénio da economia portuguesa as consequências da incúria sucessiva dos nossos governantes.

Estas propostas não foram mais longe que o caixote do lixo.

O Senhor Secretário de Estado das Comunidades, António Braga, cada vez que recebeu uma delegação da nossa Associação, dos nossos camaradas do Luxemburgo ou do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, afirmou peremptoriamente alto e bom som que a regulamentação seria realidade antes do fim do ano.

Os anos passaram, o Secretário de Estado é invariavelmente o mesmo mas a lei continua por regulamentar. A credibilidade das promessas do Senhor Secretário de Estado das Comunidades e do Governo em geral acabam por comprometer unicamente quem ainda acredita nestas.

A nossa Associação apela a Comunidade Portuguesa a manifestar com veemência junto aos representantes do Governo presentes nas comemorações do 10 de Junho o repúdio pela forma como este trata os direitos inalienáveis dos ex-combatentes emigrantes.

Solicitamos aos Órgãos de Comunicação Social de informar sobre a situação actual de milhares de compatriotas impedidos de se reformarem devido à não regulamentação dos diplomas citados.

EXIGIMOS A REGULAMENTAÇÃO DA LEI 21/2004 e 160/2004

UNIDOS VENCEREMOS
António Cerqueira

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2 de junho de 2008

Pescadores contra cidadãos inocentes

Os pescadores, tal como os táxis, os transportadores de pessoas e mercadorias, os particulares com carros, todos estão a sofrer directamente as consequências dos aumentos sucessivos do preço dos combustíveis. É uma realidade com que é preciso saber lidar.

Penso ser uma norma indiscutível da actividade empresarial que o preço dos seus produtos acabados é calculado com base nos custos dos factores de produção, em que as matérias-primas e a energia estão incluídas. Sendo assim, se um desses factores encarece, vai ocasionar o aumento do preço do produto final. Se esse cálculo não for feito dessa forma, a empresa não pode aguentar muito tempo os prejuízos continuados, terá de encerrar e mandar o pessoal para o desemprego.

Será lógico que a bandeirada do táxi aumente, que os bilhetes de autocarro aumentem, bem como o preço do peixe. O cliente, se não encontrar alternativas mais em conta para os produtos de que necessita, tem de aceitar esses aumentos.

Tudo isto me parece lógico. Mas os pescadores e armadores, em vez de agirem com inteligência estão a transformar-se em malfeitores, a praticar vandalismo, lançando para o lixo peixe fresco que havia na lota, quando há no País gente com fome. Se eles não têm respeito por tal produto alimentar, a população em geral tem, e acha mal que eles o destruam. Também não é justo que impeçam a população de comer peixe, venha da Espanha ou de qualquer outro País. Eles não têm o direito de impedir que o povo se alimente e que procure alternativas para o peixe que eles se negam a pescar. Estão profundamente errados e são desumanos quando pretendem «provocar uma escassez de peixe nos mercados para venda ao consumidor final».

Então qual deve ser a sua atitude perante os custos do combustível? Aquela que atrás ficou explicado para a generalidade das empresas e devendo pesquisar alternativas para tornar a sua actividade mais económica e propondo medidas mais racionais de distribuição e comercialização do peixe por forma a não o encarecer demasiado ao consumidos final.

Alguém disse na TV que o preço de venda ao consumidor é éne vezes o da venda pelo pescador, em virtude haver múltiplos intermediários a obter lucros exponenciais. Ora, uma medida que os pescadores devem propor é a venda através de circuitos mais curtos com menor número de intermediários. Até podem organizar empresas de transporte directo da lota aos mercados e peixarias, ficando eles com o lucro que está a ser disseminado pela extensa cadeia de distribuição.

Uma crise, quando bem aproveitada, pode originar o saneamento de circuitos injustificadamente extensos, que se traduzem em exploração do produtor, por um lado, e do consumidor final, por outro. A solução apresentada seria uma prova de inteligência e daria benefício aos pescadores e armadores, ao contrário do vandalismo que se traduz em fazer mal aos consumidores, em geral, sem daí colherem benefício. Atrair os ódios de gente humilde e desprotegida, como é a maioria do povo, não é e nunca será um bom caminho para resolver problemas de que este bom povo não é culpado.

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